Pessoas com comorbilidades ou que nunca foram infetadas podem desenvolver sintomas graves.
A Direção-Geral da Saúde revelou, esta quarta-feira, que tem havido um aumento de novos casos de infeção por Covid-19, na sequência da circulação de três novas linhagens da variante Ómicron.
“Este aumento coincide com a deteção de novas linhagens da variante Ómicron em Portugal, como no resto da Europa, incluindo a NB.1.8.1., a LP.8.1. e a XFG”, adiantou a DGS, adiantando que o crescimento de casos se verifica desde 5 de maio.
No entanto, de acordo com o mesmo organismo, a NB.1.8.1., a LP.8.1. e a XFG não são “novas variantes de preocupação”.
Segundo as autoridades de saúde internacionais, o ECDC [Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças] e a OMS [Organização Mundial de Saúde], “estas linhagens não aparentam estar associadas a um aumento da gravidade da infeção, em comparação com linhagens anteriores, nem com uma redução da efetividade das vacinas contra formas graves da doença”, adiantou a DGS à agência Lusa.
Por outro lado, alertou que as pessoas com comorbilidades ou que nunca foram infetadas, podem desenvolver sintomas graves.
A DGS informou também que, desde 26 de maio, assinalou-se uma tendência crescente na mortalidade específica por Covid-19.
Chamando a atenção para o facto de a imunidade populacional poder estar “parcialmente diminuída”, devido à baixa circulação do vírus no último inverno, a DGS admitiu que “poderá traduzir-se num acréscimo do número de internamentos por Covid-19 nas próximas semanas”.
A DGS acrescentou que a vacinação “continua a oferecer proteção” e que as pessoas devem contactar o SNS 24 (808 242 424), se desenvolver sintomas, bem como o reforço de medidas de proteção individual, como a utilização de máscara.